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Como o campo de Teoria das Relações Internacionais pode contribuir para o entendimento acerca de processos através dos quais países em desenvolvimento, como o Brasil, atingem uma posição de liderança regional e significativa influência internacional? A análise que se segue propõe que a perspectiva Realista explica a estratégia internacional da Politica Externa Brasileira durante as últimas décadas de maneira mais clara e convincente quando comparada às abordagens Liberal-institucionalista e Construtivista. A despeito das mudanças de governo e regimes políticos, a PEB vem se caracterizando pela busca persistente de vantagens políticas relativas, especialmente no que tange à ascendência internacional do país. Entretanto, a presença de um poder hegemônico no continente, os Estados Unidos, desafia a capacidade brasileira de utilizar os instrumentos e as táticas convencionais do Realismo (confronto politico-militar), motivando a preferência pela cooperação econômica nas suas relações tanto com tal poder hegemônico, quanto com os vizinhos mais frágeis. Portanto, é através da cooperação como estratégia de inserção internacional que o Brasil busca obter vantagens comparativas, contribuindo para o aumento de seu poder relativo. Por meio da elucidação destes cálculos complexos, o artigo apresenta como a abordagem Realista explica as possibilidades, limites e preferências de nações ambiciosas como o Brasil para perseguir os seus interesses em Politica Externa. Ao mesmo tempo, o artigo contribui para a elaboração de uma versão da teoria Realista que apreende as recentes dinâmicas de poder no sistema internacional.
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